sábado, 26 de janeiro de 2008

Un-Predictable - The new girl generation


Pois é, o Punk não é só coisa de homens e para os mais cépticos o COMBO entrevistou as Un-Predictable. Formaram uma banda de raparigas só para serem diferentes, apresentam um Pop/Punk muito próprio e que já contam com vários concertos desde Lisboa á Figueira da Foz e Caldas da Rainha. A banda é formada por Cat - guitarra/voz, Cátia - baixo/voz e Peste - Bateria.





- Como formaram a banda, foi algo espontâneo ou algo planeado?
Podemos dizer que foi algo planeado. Eu e a Cátia (baixista) pensávamos
formar uma banda quando tínhamos apenas 13 anos. Mais tarde conhecemos a
Diana (baterista) e foi então que essa ideia de formar a banda se
concretizou.

- Porquê a escolha do nome Un-Predictable?
Ouvimos a "Dumpweed" dos Blink-182 e no refrão eles cantam "unpredictable".
Não sabíamos o significado, fomos ver ao dicionário e gostámos. Nesta altura
a Diana ainda não tinha entrado na banda.

- Como definem o vosso som?
É complicado definir o nosso som, mas caminha mais para o Pop-Punk.

- De onde vem a influência para a vossa música?
Ao início a principal influência era os Blink-182, agora temos várias
Bandas.

- Onde costumam dar concertos?
Costumamos dar mais concertos em Cascais e em Lisboa, mas já tocámos na
Margem Sul, Aljustrel, Figueira da Foz e Caldas da Rainha.

- Já tocaram em algum festival?
Warfest, na Figueira da Foz (conta como festival?).

- Onde foi o vosso melhor concerto?
Em termos musicais é capaz de ter sido o concerto no Lótus de 27 de Janeiro
2007, com Triplet e From Now On, mas em termos de público o melhor foi o da
Figueira da Foz, dia 13 de Outubro de 2007, sem dúvida.

- Como reage o público ao vosso som?
Depende. Muita gente que não nos conhecia antes e depois vê-nos em concerto
e reagem bem. Há pessoas que durante o concerto reagem mal. Há pessoas que
desde o início gostam e apoiam. Mas no geral acho que reagem bem, cantam a
To All Of You e mexem-se de vez em quando.

- Há perspectivas para edição de um álbum?
Álbum, álbum, não direi... Mas em Março vamos gravar com melhor qualidade,
talvez para vender.

- Para quando?
Era bom que lá para Junho/Julho já tivesse pronto, para conseguirmos vender em
Concertos e assim.

- Sentem que é mais difícil vingar na música em Portugal com o punk do que
com qualquer outro estilo?
Acho que é difícil em Portugal, seja com que estilo for.

- Quais as influências de cada membro da Banda? Que costumam ouvir
actualmente?
Cat- Blink-182, No Use For A Name, Paramore, TAT, Taking Back Sunday,
Yellowcard, McFLY
Cátia- Punk, Metal, Blink-182, TAT, Paramore, Epica, Fonzie
Diana- Punk-Rock, Ku de Judas, Tara Perdida, Lagwagon, NOFX, Aus-Rotten, Oi
Polloi, Bikini Kill, X-Ray-Spex.

- Para acabar, com que banda (nacional e internacional) gostariam de fazer
um concerto?
TAT, Paramore, Tara Perdida, Bowling For Soup

Próximos concertos: 1 de Março 2008, no Muralhas Rock em Alcabideche.
Visitem: www.myspace.com/unpredictableband

O COMBO agradece a entrevista e deseja muito sucesso para as Un-Predictable.

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O Optimista

Quem Corre Por Gosto…


Dia 10 de Novembro, 8 e meia da manhã, despertador...«F#@$-@#! Já é de manhã... Ainda há bocado me deitei...
Acordar, primeiro um olho, depois o outro... primeira fase concluída, agora vem o mais difícil, levantar... vá, primeiro um pé, depois o outro... c”#@lh#! O chão ‘tá gelado!»
30 Minutos depois: «Banho tomado, agora vamos escolher a roupa... camisa branca enrugada, T-shirt preta por baixo, calças pretas à boca de sino, gravata preta, botas de biqueira de aço, meias pretas, boxers pretos também, e por fim o casaco comprido de veludo preto com botões prateados... Ora aqui está uma indumentária apropriada para ocasião! Vamos ao pequeno almoço... depois, maquilhagem! Olhos com sombra preta e cara com base, para disfarçar um pouco o tom moreno, que o sol me arranjou...»
2 Horas depois: «O comboio já chegava, o concerto é às 7 horas... assim ainda chego atrasado. Ahah! Já aí vem! Olha agora… Anda lá “tia” sobe lá!»
Viagem… não sei quantas estações e apeadeiros… 1 hora e meia depois Lisboa Oriente. Apanhar o metro: «Que m@#da! Tenho que mudar em todas as linhas… mas porque é que a m@#da do concerto não é no Coliseu, ou em Coimbra…? Ou melhor ainda, em Arganil? Bem em Arganil não dava, quando vissem um bando de “corvos” a entrar na vila desconfio que ninguém sairia de casa…com medo dos “drogados” ou assim…»
Pouco tempo depois, passagem frente ao Estádio Alvalade 21, alguém solta: «Se olho para ali ainda vomito!»; «Este deve ser dos meus!».
40 Minutos depois o almoço: «Bem, um almocinho rápido e barato… olha, ali parece-me bem… 7 euros e meio por um prato de frango de churrasco! Devem ‘tar a bater mal com certeza… Aqui sim, 4 euros e 50 com bebida e café, é que é já!»
Barriga cheia, comboio para Corroios «Mas que viagem chata esta, isto também já não cabe aqui mais ninguém… parece aqueles autocarros da América do Sul… ainda bem que já estamos a chegar…»
Saída do comboio, alguém que viajou sem bilhete e que vai ter que pagar uma multa… confusão… Portugal.
Procurar o Cine-Teatro: «-Boa tarde, a senhora é daqui? – Sou sim senhora. – Por acaso poderia indicar-me o caminho para o Cine Teatro? – Cine-Teatro? Que é isso?»
4 “entrevistas” depois, alguém que conhece, realmente a terra.
«Finalmente o sítio… ainda são só 5 horas! Se calhar podia ter vindo um pouco mais tarde… bem, não interessa, ‘tá ali uma esplanada, beber umas minis para matar o tempo… Olh’ós Notivagus também vieram beber umas…»
Algumas minis depois, 7 Horas: «Isto já devia estar a começar, se atrasa muito ‘tou f@#id# que o último comboio é à meia-noite e meia!»
30 minutos depois: «Então c@r@lh#, não começa porquê?».
30 minutos depois: «C@r@lh# que me### de organização é esta? Marcam para as 7 já são 8 e isto não anda? Isto é mesmo Portugal!»
30 Minutos depois: «Opá mas porque é que não fiquei em casa? Até tenho os cds todos dos London after Midnight, era só ficar a ouvi-los, assim como assim era eu que escolhia o alinhamento!...»
30 Minutos depois: «Se me dizem outra vez que é só mais 5 minutos ainda faço m#@d@! Andem lá com isso!»
20 Minutos depois: «Finalmente!! Fo@#-#@! 2 horas e 20 minutos de atraso! Isto não cabe na cabeça de ninguém…»
Entrar, arranjar lugar junto ao palco (sim, eu vim mesmo para VER o concerto e não para andar em troco nu todo bêbedo e no mosh e no dia seguinte não me lembrar de nada!), confere… 10 minutos depois: «Ora vai começar, agora são os Waste Disposal Machine, não conheço nem nunca ouvi falar… deve ser uma daquelas bandas para encher chouriço… espero bem que acabem rápido! Bem, lá pinta têm eles, todos de fatinho preto, já assim a entrar ‘pó cota… (primeiros acordes) Oh Diabo! Afinal os gajos até nem são maus! Ora deixa cá prestar mais atenção… Epá isto é bastante bom! Parece uma mistura entre Nine Inch Nails, Depeche Mode e Fear Factory!» 20 Minutos depois «Estou a gostar mesmo disto, tenho que comprar o cd! E esta música “I Sing The Body Electric” fica mesmo no ouvido!».
Acabam os Waste Disposal Machine, um fino, um cigarro e estão os Noctívagus a começar: «Hum… só conheço o EP deles e não gostei por aí além, não era mau mas podia estar bem melhor… vamos lá ver no que dá… Epá o guitarrista está com azar… mas olha até estou a gostar, são bem melhores ao vivo que em estúdio, pelo menos que no EP. O vocalista tem uma voz porreira, faz lembrar o Ian Curtis ou o Carl MacCoy…
Agora vejo porque é que há tanta gente a falar bem deles… uma agradável surpresa! Epá o Guitarrista está mesmo com azar!... Ora aqui vai o hit “Last Night”, bem metida a música, mesmo na altura certa do concerto!... E para finalizar a cover de Joy Division, “Transmission” . Muito bom concerto… Epá o guitarrista está mesmo com azar!»
Acabam os Noctívagus, um fino, um cigarro, mais um fino e estão os Phantom Vision a começar: «Estes conheço bem, estou curioso para os ver ao vivo, pelos menos em álbum são geniais… do melhor que há em Portugal e, no género deles, do melhor que há no mundo! Não sei como são tão pouco conhecidos do publico em geral! Um bom começo de concerto… o Morcego é mesmo um força da Natureza! Como é que ele consegue cantar aquilo tudo sem desafinar deitado no chão e aos saltos? Nestas alturas orgulho-me de ser Português! A sério, se eles em álbum já são brutais ao vivo são do melhor de que há! Toda a gente devia ver este concerto!... Esta guitarra aqui dá-lhe um lado bem mais Punk que em estúdio! Bem André! Estes não enganam, quando se é bom é se mesmo bom!... Todos os concertos foram bastante agradáveis até agora mas os Phantom são claramente uma banda fora do normal… é que vai da música à postura!»
Acabam os Phantom Vision, um fino, um cigarro, mais um fino, mais um cigarro, mais outro cigarro e outro… «Então pá? Isto começa ou não?!», mais um fino e um cigarro e apagam-se as luzes… momento mais esperado da noite!
Continua…

“E tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis…”

O Optimista

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

"MUNDO FONZIE"


Para começar 2008 em grande o COMBO apresenta-vos uma entrevista aos Fonzie. Os Fonzie mostram uma evolução impressionante em que com o último albúm "Shout it out", mostram a sua qualidade que vai além fronteiras.


- Como se conheceram os Fonzie?
Eu (Hugo) o João e o David andávamos na mesma escola, e foi aí que nos conhecemos através de outros amigos que tínhamos em comum.

- Em 1996 depois de se conhecerem, decidiram formar uma banda de punk rock. O que vos motivou na altura para formarem uma banda?
Todos tínhamos bandas diferentes na altura, mas era tudo virado para um som mais pesado, e uma vez em conversa calhou falar-se em se ir ensaiar juntos e ver se conseguíamos fazer algumas musicas mais melódicas na linha do que víamos nos filmes de surf e skate, tipo, Bad Religion, NOFX, Millencolin, etc….

- Em 1997 lançaram “Bring me up” com 4 temas e foram convidados pela editora Ataque Sonoro para gravarem um CD. O que sentiram na altura? Sentiram que podiam fazer uma carreira sólida com a vossa música?
Na altura foi o primeiro degrau, mas nunca pensávamos vir a fazer carreira com a banda, éramos apenas 4 pessoas a quem lhes foi dada a oportunidade de gravar um EP, o que fizemos sem qualquer tipo de pressão, e com muita inexperiência na altura, visto ser a 1ª vez que entrávamos num estúdio profissional, e que na altura era um dos mais requisitados pelas melhores bandas em Portugal, o ÊXITO studio.

- Lançaram “The Melo Pot” em 1998 que foi um sucesso, estavam á espera desse sucesso ou apanhou-vos desprevenidos?
Completamente desprevenidos, fizeram-se apenas 500 cópias que desapareceram logo a seguir aos 1ºs concertos, onde 99% do público presente, cantava as músicas do início ao fim.

- Após 3 anos em concertos foram para a Suécia para gravar com Pelle Saether, (famoso por produzir bandas como os The Hives, Millencolin) o álbum de estreia “Built to Rock” que contou também com a participação Ingemar Janson, vocalista dos No Fun At All. Como foi toda essa experiência? Sentiram que estavam aprender algo de novo?
Essa foi a altura de nós encararmos finalmente os Fonzie de uma forma profissional e decidimos partir para a Suécia gravar, onde sabíamos que de certeza íamos conseguir gravar um álbum com uma qualidade sonora que podia ser apresentado em qualquer parte do mundo, depois só dependeria de nós, se tínhamos musicas ou não, com a mesma qualidade, e mais uma vez, as coisas correram a nosso favor e conseguimos lançar o álbum em todo Mundo, que na altura foi um grande passo na nossa carreira.

- Em 2002, assinaram pela editora norte-americana Jumpstart Records, seguindo-se um contrato com a portuguesa Movieplay, com a sul-americana Barulho Records, com a japonesa ULF Records, com a PunkNation records da Belgica e com a Godschild Records de Hong Kong o que vos levou a uma digressão mundial. Durante essa digressão acontecem sempre histórias engraçadas, há alguma que podem partilhar?
Acho que na altura cada vez que tocávamos num país novo as histórias não paravam 24 horas por dia, por ser tudo novidade para nós, mas há algumas mais marcantes, tipo em Miami (Florida) uma vez chegámos um pouco antes ao local do concerto e o promotor veio ter connosco para não descarregarmos logo o material que ainda estavam a acabar de velar um morto, ou seja era uma sala multiusos e na altura ainda estava a decorrer um velório, e só depois é que podia ser o concerto.

- Após a nomeação para “Best Portuguese Act” da MTV, foram para estúdio de novo com Pelle Saether, gravar “Wake Up Call”. Porquê o mesmo produtor? Superstição ou “equipa que ganha não se mexe”?
Ficámos contentes com o trabalho anterior e achámos que agora com mais experiência e maturidade, podíamos exigir muito mais da parte do produtor, e o produtor de nós, e chegar a um resultado bem superior a nível de qualidade de músicas e de som.

- Em 2004 foram para Hollywood (L.A.) para gravar o vídeo “Gotta Get Away” com o realizador Darren Doane, (Deftones, Blink 182, Jimmy Eat World, etc…). No álbum anterior realizaram os vossos próprios vídeos. Porque não fizeram o mesmo no álbum “Wake Up Call”?
Estamos a falar de gravar um vídeo em Hollywood, com um dos mais aclamados nomes do meio. É algo inegável para uma banda portuguesa, era a primeira vez que íamos gravar um vídeo com uma equipa profissional e relembro, em HOLLYWOOD. Na altura no estúdio ao lado da esquerda estava a Britney a gravar um vídeo também, e no estúdio à nossa direita estava a Pink a ensaiar, ou seja estávamos numa bela sanduíche (risos), mas serviu mais como experiência, porque o resultado foi muito abaixo do esperado e por isso voltámos nós a fazer tudo de novo, desta vez com muito mais experiência e com muitos melhores resultados que nos levou novamente a mais uma nomeação pela MTV.

- Como aparece a Megaforce Records (editora que desde o começo da década de 80 vendeu cerca de 30 milhões de discos, ligada a lançamentos como "Kill 'Em All", dos Metallica, ou "Among The Living", dos Anthrax) no caminho dos Fonzie? Que importância teve na vossa carreira?
Apareceu de uma forma natural mas um pouco diferente do normal, visto que quem nos contactou directamente foi o Big Boss, o que para nós foi uma honra, ter alguém que teve ligação na descoberta de bandas como os Metallica e os Anthrax, fazer questão de trabalhar com os Fonzie. Como era de esperar muitas portas se abriram a partir daí, tínhamos o disco distribuído desde a loja mais pequena até à maior por todos os EUA, tivemos a nossa musica em 2 séries da MTV (Laguna Beach e MTV MADE) mas para nós vimos isso como mais um degrau que conseguimos subir, de uma longa escadaria que ainda temos pela frente.

- “Shout It Out” é o sucessor de “Wake Up Call” mas desta vez decidiram assumir toda a produção e gravação do álbum. O que vos levou a tomar esse passo? Em algum momento sentiram que não iriam ser capazes de o fazer sozinhos?
Além de tudo, foi a questão monetária e o estado de espírito da banda que na altura não se sentia com paciência para ir novamente 1 mês para outro país gravar. Precisávamos de gravar, mas no final do dia, cada um ir ás suas vidas e voltar de novo no outro dia fresquinho, coisa que agora não voltávamos a fazer. Acho que foi uma etapa que teve de ser passada pela banda, os resultados foram positivos, visto ter-mos feito tudo sozinhos, mas espero para o próximo poder voltar a juntar um produtor aos Fonzie na gravação, para que o resultado seja ainda superior.

- Em 2007 e com “Shout It Out” na rua, o que acharam da reacção do público ao álbum?
De todas as criticas que têm sido feitas pelos media, todos consideram este o nosso melhor álbum, a nível de fans o feedback tem sido mais que positivo, e uma parte importante que é a conquista de novos fans tem superado as expectativas, com o aparecimento de muita gente nova a dar os parabéns pelo álbum a dizerem que ficaram surpreendidos e que nunca esperavam que conseguíssemos fazer um álbum assim.

- Quando decidiram formar uma banda em 1996, em algum momento pensaram ter concertos em países como EUA, Canadá, Japão, América do Sul… ou pensavam que ficariam por Portugal?
Nem sequer pensávamos nisso, era apenas um hobbie, só desde o momento que decidimos ir para a Suécia em 2001 é que se pensou nisso, porque se queríamos fazer disto vida, não podíamos ficar apenas por Portugal.

- Tendo um elemento dos Fonzie um projecto paralelo á banda (Carlos - guitarrista dos Angry Odd Kids) existe alguma dificuldade quando têm de ir em digressão?
Até ver não, a prioridade são os Fonzie, e normalmente os concertos são marcados com alguma antecedência, e nas vezes que calhou concertos nos mesmos dias, eles arranjaram sempre um substituto para tocar na vez do Carlos.

- Para finalizar o que esperam para o futuro dos Fonzie?
Espero conseguir continuar a divertir-me tanto como agora, fazer o que realmente gosto, que é tocar ao vivo, ter contacto com centenas de pessoas todos os dias em cidades diferentes do Mundo, estar sempre a aprender novas culturas, e que os Fonzie consigam continuar a subir, degrau a degrau, e a cumprir todos os objectivos a que se propõem em cada dia que passa.

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